segunda-feira, 31 de maio de 2010

Saindo um pouco da teoria...

Alunos de jornalismo da UNIMEP visitaram a sede do Jornal de Piracicaba e acompanharam como é na prática a realidade de um veículo de comunicação

Turma do 1º jornalismo da UNIMEP conheceu as depedências do Jornal de Piracicaba.
(Foto: Carla Juliana de Oliveira - blog Jornal Expresso).


Após um pouco mais de dois meses de aulas no curso de Jornalismo da UNIMEP, no dia 28 de abril, os alunos do 1º semestre do curso realizaram pela 1ª vez uma visita a um veículo de comunicação.
O local visitado foram as dependências do Jornal de Piracicaba – veículo de grande influência na cidade e pertencente ao seleto grupo dos jornais com mais de 100 anos de existência no país, visto que o JP foi fundado em 1900.


O Jornal de Piracicaba foi fundado em 1900, pertence ao seleto grupo de jornais brasileiros que têm mais de 100 anos de vida. A editora-chefe do JP, Marisa Massiarelli Setto, destacou a importância do veículo e o classifica como o melhor da região.
(Foto: Filipe Sousa).

Logo na chegada, a jornalista Marisa Massiarelli Setto foi quem recepcionou os jovens estudantes e os conduziu até a sala onde foi ministrada uma pequena palestra. O editor de paginação do jornal, Carlos Eduardo Castro, também recepcionou os alunos e junto com Marisa participou da curta, porém produtiva e interessante palestra.

Acompanhados pelo professor e coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba, Paulo Roberto Botão, os jovens ouviram por cerca de 40 minutos os desafios, as ambições, os fatos que permeiam o cotidiano do jornal e também receberam algumas dicas sobre a profissão.

Marisa, que exerce a função de editora-chefe do veículo, discursou sobre as principais características do jornalista, segundo Marisa, se interessar por tudo e estar lendo sempre é de fundamental importância. A apuração dos fatos, realizada com responsabilidade, coerência e acima de tudo, ética, é algo que o jornalista deve prezar sempre.
A questão polêmica com relação ao diploma também foi levemente abordada pela jornalista, segundo ela, o estudo é fundamental e o JP não abre espaço para profissionais sem diploma.

Sobre o JP, Marisa relatou que, por tudo o que o jornal vem realizando e com o seu alto grau de influência e credibilidade em Piracicaba e em algumas cidades vizinhas, o Jornal de Piracicaba é o melhor jornal da cidade e da região. O JP também circula em outras cidades e conta com uma edição especialmente desenvolvida para a cidade de São Pedro.

Marisa ainda respondeu a algumas perguntas dos aspirantes a jornalistas, em uma delas destacou a importância de se cobrir esportes, assunto que gera muito interesse, em especial os jogos do XV de Piracicaba, time do coração da maioria dos piracicabanos.
Marisa Satto também falou sobre os estágios, a jornalista disse que os candidatos para as vagas de estágio no jornal devem, essencialmente, estarem por dentro do dia-a-dia da cidade de Piracicaba, sabendo, por exemplo, o nome do vice-prefeito e do presidente da câmara de vereadores do município entre outras questões relevantes. Uma pauta também é dada a cada candidato, os que produzirem as melhores reportagens são chamados para o estágio.

Carlos Eduardo Castro também deu suas declarações durante a palestra. Carlos cuida de toda a parte de diagramação e paginação. Os projetos gráficos e visuais do JP passam pelo seu cuidado.
Castro, que trabalha no jornal desde jovem, relatou que por conta do árduo trabalho, teve que trancar o curso de jornalismo que fazia na própria UNIMEP. “Ainda dá tempo para voltar.” Disse, em tom de humor, o professor Paulo Roberto Botão.

Ainda sobre a paginação, Carlos deu ênfase aos cadernos suplementares que o jornal produz e falou sobre a importância do jornal possuir uma característica própria e estabilizada perante os leitores. “Se alterarmos o projeto gráfico do jornal e o leitor após ler, disser que aquele não é o Jornal de Piracicaba, então é necessário refazer o projeto. "O jornal não pode perder a sua identidade.” Afirmou Carlos.

Carlos também relatou sobre os desafios de fechar um jornal que traz vários cadernos diferentes todos os dias e com uma carga intensa de informações.

Diagramação: Segundo Castro, investir em projetos gráficos que carregam a identidade do jornal é um fator de muita importância.
(Fotos: Filipe Sousa).

Um passeio por todos os setores das instalações do JP também fez parte da visita dos alunos. Desde a redação, conhecendo a sala das chapas de impressão, depois a editoração eletrônica e finalizando na gráfica, onde, segundo Castro, é produzida uma média de 16/17 mil edições do jornal por dia. Nos domingos a tiragem sobe para em média 22/23 mil edições.


Desafio constante: Carlos Eduardo Castro explica que quando a edição já está pronta, o trabalho ainda não chegou ao fim, na gráfica os desafios continuam: "Jornal que chega depois das 7 horas na casa do assinante é jornal velho.
(Fotos: Filipe Sousa).


O desafio não para quando a edição já está fechada e as rotativas já imprimem o jornal, segundo Castro: “Jornal que chega depois das 7 horas da manhã na casa do assinante é jornal velho, pois vários saem antes desse horário para o trabalho, muitos lêm o jornal antes do trabalho ou o levam para lerem lá.”


A redação do JP é dividida em ilhas editoriais, garantindo interação entre os jornalistas.
O ambiente de uma redação pode vir a ser rotina para muitos dos alunos em um futuro não muito distante.
(Foto: Filipe Sousa).

Para muitos dos alunos, a oportunidade de visitar as instalações de um veículo informativo foi algo pioneiro, um dia que ficará na memória.
Circular pelas dependências de um jornal, algo que pode se tornar rotina para muitos deles daqui alguns anos.


Matéria: Filipe Sousa
Publicação: Ana Paula Rosa

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